Ter um aluno com autismo na escola pode ser desafiador para os professores que não conhecem esta sindrome. Por isso, é importante buscar informações que ajudem a tratar esses estudantes da melhor maneira.

Afinal, o processo educativo deve ser inclusivo e acolher todas as crianças durante o período de aprendizagem, todas elas serão futuros cidadãos e precisam da mesma base educacional para isso. Acompanhe as nossas dicas para atuar nas escolas!

Invista na comunicação visual

Muitos destes alunos pensam de maneira visual, distinta do pensamento verbal, mais comum às outras pessoas que estão fora do espectro autista. Por isso, é importante adotar práticas que incluam essas crianças no processo de aprendizagem da turma. Em seguida, confira algumas estratégias de ensino inclusivas.

  • Usar figuras;
  • Quadros;
  • Vídeos;
  • Objetos;
  • Demonstrar de forma física;

Os elementos visuais gráficos são uma ótima maneira de criar interesse nestes estudantes. Também é importante usar bastante substantivos, pois esses estudantes conseguem imaginar de forma bem clara um objeto.

Divida as atividades 

Um aluno com espectro autista geralmente possui um processo lento de memorização de sequências. Por isso, é importante formar um método de aplicação de conteúdos que não seja tão extenso. 

Por exemplo, no lugar de passar uma atividade com dez questões sequenciais, é mais interessante para o estudante que esse exercício fosse transmitido através de divisões. Assim, o conteúdo pode ser dividido entre três questões por vez.

Adapte os conteúdos aos interesses dos alunos

É comum que autistas possam ter interesses mais profundos por determinados assuntos, por exemplo, ele pode gostar muito de um desenho animado. 

Como professor, é importante aliar as paixões das crianças às obrigações curriculares estudantis, a dica é usar a animação favorita do seu aluno como uma forma de explicar os ensinamentos. 

Além disso, é recomendável fazer um curso de educação especial, de modo a aprender metodologias de ensino acessíveis e que incluem os alunos neuro atípicos em sala de aula.

Torne a escrita adaptável

Por vezes, uma criança autista apresenta dificuldades de coordenação motora. Dessa forma, a caligrafia pode ser desafiadora para ele. Além disso, existem idades nas quais as crianças competem para saber quem escreve mais.

Por isso, é importante usar recursos alternativos para a escrita, como um computador, tablet ou celular, por exemplo. Desse modo, o estudante neuro atípico consegue digitar, ao em vez de escrever, de forma que evolua juntamente com a turma.

Além disso, as telas digitais podem fornecer imagens que estimulem os alunos com autismo, visto que eles pensam de forma imagética. Por outro lado, os teclados também são estimulantes pelo mesmo motivo, pois as letras estão impressas nas teclas.

Seja claro e direto

Com um educando autista é fundamental evitar frases muito abstratas, vagas ou de duplo sentido. Por isso, a recomendação é dar orientações claras e diretas ao ponto. 

Afinal, o pensamento verbal não é muito presente para esses estudantes. Assim, outro modo de ensinar é apresentar duas opções para que o ele escolha a correta. Dessa maneira, você estimula a criança no processo de tomada de decisão.

Nesse sentido, o professor também pode usar de ferramentas tais como:

  • Música;
  • Gestos;
  • Brinquedos.

Dessa forma, o ensino se torna mais demonstrativo e fácil de memorizar.

Comece pelo mais fácil

Uma maneira de estimular estes estudantes é aplicar os conteúdos de uma disciplina de forma que o mais fácil venha primeiro. Por último, é recomendável deixar as instruções mais difíceis.

Assim você engaja o seu aluno a acompanhar as matérias e incentiva o processo de aprendizagem. Além disso, uma consequência positiva desse modo de ensino, é a elevação da autoestima do estudante.

Lide com a ecolalia

A ecolalia é o hábito de repetir algumas palavras ou sílabas, assim, pode afetar a criança, por isso, o processo de aquisição de leitura deve ser adaptado para essas crianças.

De forma inclusiva, você pode escrever em cartões, as sílabas, letras ou palavras a serem ensinadas. Você deve utilizar imagens bem ao lado da sentença escolhida,  pois isso facilita a assimilação do nome com o objeto. Por fim, a indicação é fazer um curso sobre autismo, para saber mais sobre o espectro e como lidar com alunos neuro atípicos.

Observe o aluno

Uma criança especial pode apresentar sofrimento com os sons e ruídos emitidos na sala de aula. Como, por exemplo, cadeiras arrastando, gritos, conversas e risadas. Afinal, todos sabem como uma turma de crianças pode fazer barulho.

Dessa forma, o estudante neuro atípico pode se sentir estressado e incomodado, por isso, pode ser necessário sugerir que a escola tome algumas medidas, tais como:

  • Adaptar as cadeiras com materiais de borracha, para evitar ruídos;
  • Conceder um intervalo para que o aluno se isole e se acalme;
  • Fazer atividades que proporcionem o silêncio por alguns minutos.

Outro incômodo que pode afetar o estudante com autismo, são as mudanças de rotina, que costumam acontecer no decorrer dos bimestres letivos. Por isso, a recomendação para os professores é a seguinte:

  • Levar o aluno para a sala de aula e mostrar como será a mudança;
  • Em aulas ao ar livre, preparar o estudante de forma antecipada.

Esses cuidados devem ser tomados, pois uma criança com autismo pode acabar criando resistência aos horários em que os sons estejam muito elevados ou a situação esteja desconfortável.

Autismo na escola: o problema das luzes

Além de sofrer com ruídos, autistas pode ter problemas relativos à sensibilidade com as luzes artificiais. Salas de aulas costumam ser muito claras, por isso, é preciso tornar a experiência confortável.

Assim, é indicado deixar um lugar próximo à janela, para que o estudante esteja sob a luz natural. No entanto, pode-se fazer ainda mais, basta sugerir à direção do colégio que utilize lâmpadas menos fortes, como as de led.

Curso de Autismo

Para tornar a vida escolar mais proveitosa, as dicas dadas neste artigo são essenciais. Afinal, elas foram baseadas nos estudos de Temple Grandin, uma psicóloga e teórica de referência na ciência. 

No entanto, é essencial se aprofundar em técnicas e métodos que proporcionem a acessibilidade e a inclusão numa educação especial para alunos autistas. Assim, a EducaWeb oferece cursos de qualidade, online e gratuitos com emissão de certificado. Portanto, aproveite a chance de aprender mais sobre o autismo e como realizar a educação especial. 
 

Redação EducaWeb

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